A lentidão de Xtina e seu "Bionic"

Eis que retorno a rotina deste meu queridíssimo espaço para comentar o novo álbum de Christina Aguilera: BIONIC.



Sim meus queridos, sou fã desta cantora norte america desde quando ouvi pela primeira vez “I Turn to you” do álbum “Christina Aguilera” (2000) e percebi a potencialidade de sua voz. Adoro vozes desse estilo e gradativamente fui querendo saber qual seria o próximo single, quais seriam suas parcerias e tudo mais que um fã de música (e não da “persona”) gosta de saber.

Desde o primeiro álbum de Xtina - há dez anos - muita coisa mudou. Ela mudou. “Stripped” (2002) – segundo álbum dela – é sua maior conquista musical. Em seguida veio o bom “Back to basic” (2006) e a coletânea Keeps Gettin´Better – A Decade of Hits (2008) e mesmo com desempenho variável nas paradas do mundo todo, todos eles renderam à Aguilera prêmios, turnês bem sucedidas e um nome forte na indústria musical.

Pois bem, aos onze anos de carreira Aguilera lança Bionic em meio a um cenário pop mais competitivo, principalmente com a presença de Lady Gaga. 

Fato: Aguilera não deveria ter subestimado o mundo e acreditar que, mesmo com o talento e conquistas inegáveis de sua carreira, poderia voltar com “qualquer coisa” e fazer sucesso como sempre fez!

Em uma entrevista há dois anos para a revista Billboard (Leia aqui) a cantora já adiantava que o seu 4º álbum de inéditas seria mais eletrônico, mas infelizmente não na medida certa. Bionic é cheio de altos e baixos, mas no balanço geral é muito aquém do que se exigiria a esta altura da carreira de Xtina. 

Em um mundo pop onde a memória de seu público de consumo é curta, que valoriza o apelo da “novidade” mesmo que forjada ou disfarçada como tal, este álbum não se sustenta ao sucesso que a própria gravadora e a gama de empresários que financiam a carreira de Cristina Aguilera esperam. 

Bionic é claramente dividido ao meio: a primeira parte é carregada nos efeitos eletrônicos em uma clara tentativa de disponibilizar um acervo às pistas de dança. A segunda parte super cheia de melodias leves e letras românticas, ou que descrevem conflitos pessoais. Tem umas sacadas da “disco” que me arrepiaram, mas na maioria das faixas cansei de ouvir de primeira. A segunda parte do álbum é quase impecável.

Aí vai minhas observações das músicas que acreditei serem mais interessantes, caso tenham a paciência depois dessa prévia:

1. Bionic – 
“This is the moment that I take over your mindframe” e é exatamente o que essa musica faz em sua mente. Toda vez que ouço essa faixa me pergunto: “O que deu na cabeça dessa mulher pra não enxergar que essa  deveria ser seu primeiro single?!”. É a cara do álbum e a melhor faixa eletrônica! Não paro de ouvir e cantarolar o refrão. É isso que pega!!


2. Not Myself Tonight – A batida-base dela é bacana, mas é a faixa eletrônica mais fraca no álbum. Foi de uma ingenuidade mercadológica sem tamanho escolher ela como primeiro single. EM um mercado saturado de gemidos e apelo sexual exagerado demais, poderia abrir mão disso!


3. Woohoo feat. Nicki Minaj – É uma faixa muito boa e se for bem trabalhada será 1# na certa. A parceria com a Nick Minaj é muito feliz! Uma musica que vai colar nas pistas! Não canso de botar pra dançar. Isso. É pra dançar! 


11. Lift Me Up – Pode não ser um single #1, mas é uma das musicas dela mais gostosas que já ouvi. Letra sutil e melodia suave.


13. All I Need – É uma declaração de Amor ao filho. Muito boa pra uma atitude de luxo.


14. I Am – Gosto muito da letra e da forma como ela aplica a voz.


15. You Lost Me – É a primeira balada escolhida para ser lançada como single. Mostra a rara capacidade vocal dela e a forma como expressa suas emoções ao cantar. Muito, muito boa!


17. My Girls feat. Peaches – Gostei pra caramba dessa música. Tanto dos vocais quanto dos efeitos na voz de Xtina. A "batida base" e a vibe que ela trás valem a pena! Sò o final que é repetitivo demais, sem necessidade.


A edição de luxo vem com mais algumas faixas, que não escaparam de meus ouvidos.

19. Monday Morning 
Mais década de 70 não há neste álbum. Lamentavelmente só está na edição de luxo e é uma das mais felizes escolhas de Xtina. Super demais essa faixa!!!



21. Birds Of Prey 
Muito, muito boa essa faixa. Lembrou o clima que algumas canções do Pet Shop Boys trás. Quase uma diva da disco!


22. Stronger Than Ever
Também não entendo porque não está na versão normal do disco. Uma canção muito boa q poderia figurar até como single. Poderia ser uma das faixas de Stripped. É muito boa.




Comentários

Igor Almeida disse…
Hey Lu.

Voce ja viu a letra de Woohoo?

Todos os garotos acham que eh bolo quando experimentam a minha...,
Nao precisa de pratinho, soh a sua carinha Ha !
Lambe lambe, Yum Yum, que bom rapaz,
Agora beija a minha ... (ha) por todos os lados a minha... [*]


Entao, o que dizer? Voz incrivel, agora Mae, carreira solida, demorou 4 anos pra botar um novo album na praca.. e ela me vem com ISSO. Nao dah.

Esse album tem tudo pra ser um marco, mas eh da derrocada de uma personalidade musica que ainda estava se formando apesar do tempo de carreira. Muito pobre em todos os sentidos. You Lost Me soh se salva pelo trabalho vocal dela que eh absurdo, mas a letra eh mediocre, a melodia eh interessante mas nada que Lady Gaga tbm nao pudesse aparecer com.

Por sinal, Lady Gaga recentemente cantou uma cancao nova num evento do ai. A musica chama "You and I". Descrevo como You Lost Me porem comercial.
Luciana kellen disse…
Pois é Tesouro...sabe aquelas letras de axé que não tem propósito nenhum, só de "cair na zueira"? Woohoo, ao "compreender" a letra, funciona dessa forma.
Não é uma musica de conteúdo. Ouvir e dançar. Sò.
Mas isso não me impede de exigir mais dela. Esperava muito mais e fiquei muito decepcionada.
Como curto musica eletronica (que não pede avaliações sononas muito exigentes) algumas pouquissimas faixas se salvaram. Mas as baladinhas gostei mesmo.
Pra Xtina sair dessa, vai ter que rebolar pra caramba e fazer isso que ela anda dizendo que não precisa: o de ter que provar a sua capacidade de fazer algo que preste.

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