E como foi Harry Potter e As Relíquias da Morte para Luciana kellen?

Eis que atualizo meu blog com uma rápida - e pouco aprofundada - análise do filme mais esperado do ano: Harry Potter e As Relíquias da Morte – Parte 2. Será bem menos do que costumo fazer por conta das várias responsabilidades profissionais que tenho atualmente, mas espero que apreciem meus amigos e compartilhem suas observações comigo!





Fui assistir ao filme no ultimo sábado, 16/07, em sessão já esgotada desde o dia anterior. Elielson e eu chegamos por volta de meio dia e meia, e mesmo assim encontramos a fila de espera desse jeito:



Ao começar minha escrita sobre as primeiras impressões do filme, inevitável não relembrar como e quando meu interesse pela saga deste bruxo iniciou. Foi logo após o termino da Trilogia Senhor dos Anéis, quando a exibição dos filmes de Harry já havia começado nos cinemas. Sentia-me órfã ao ver que não iria mais ter aquela expectativa pela continuidade de uma história que conquistou meu interesse e afeto (renovado com a produção de O Hobbit, agora a todo vapor), então me senti acolhida pelo jovem bruxo e todo o universo de fantasia londrina que o cerca.

E confesso que nunca li um só livro na integra. Somente capítulos, realeses, resumos e pontualmente as histórias contadas pelos meus “pouquissississimos” Amigos que tinham lido os livros (Os irmãos Helen e Igor Almeida, Alexandre Almeida e meu marido Elielson Fernandes, em especial). Mas vi todos os filmes, no mínimo duas vezes cada um! E por isso minha análise é feita com base nessas fontes de informação.

O que me conquistou?
Primeiro: não dá para pensar nas partes 1 e 2 de maneira separada. Um religiosamente completa o outro, e mostram momentos, revelações e mistérios que são compreensíveis em conjunto. E que por sua vez se conectam com todo o restante da saga, desde a “Pedra filosofal”! Por isso fica a dica: quando chegar em DVD “emende” um no outro e assista de uma vez.
Entrada de Hogwarts durante a batalha. Cenas de magia bem convincentes.
Especificamente em Relíquias da Morte, a visão cinematográfica é quase perfeita. Cada efeito especial, sonorização, trilha e recorte dramático foram executados com maturidade e respeito a tudo o que acompanhamos nestes últimos dez anos.  O filme tem profundidade emocional, indo muito além das criações artificiais de cenário, criaturas e magias.

Eu valorizo muito uma história de aventura e ficção que consegue retratar situações de escolha e conseqüência fazendo com que a gente se ponha no lugar do personagem, mesmo ele tendo poderes magníficos e fantasiosos. Não obstante durante a semana, Elielson e eu conversávamos sobre uma situação especifica ocorrida ainda no primeiro ou no segundo filme, e somente com algumas revelações nestes últimos consegui compreender muitas delas. E cada vez que isso aconteceu mais me apaixonava!

Um dos exemplos que gosto muito é a primeira cena de Relíquias da Morte – parte 1, em que Voldemort está sentado à mesa reunido com os seus principais seguidores, a maioria ao seu lado por medo. Sentimento esse logo compartilhado por mim e potencializado quando a câmera mostra uma das professoras de Hogwarts com o corpo suspenso no ar e sua face denunciando as horas de tortura que passou antes de chegar aquele momento, sendo morta na frente de todos com prazer, e seu corpo servindo de alimento para a serpente Najime.
Cena inicial da Parte 1 de Relíquias da Morte.
No outro exemplo também está em cena a temida serpente que mata Snape de forma mais forte que a descrita no livro, segundo minhas fontes de informação Amigas. As cenas preparatórias para a guerra dentro da escola são impressionantes. A determinação dos professores, alunos e os remanescentes da Ordem da Fênix rumo a batalha que rende muitas perdas faz a gente entrar no clima melancólico e sombrio. Outro momento especial é a raiva com que Voldemort executa o feitiço que mata Harry. E posteriormente o duelo dos dois corresponde a todas as expectativas.
Morte de Snape.

Duelo Harry Potter e Voldemort.

Tem alguma coisa pra falar mal deste filme?!
Tem sim algumas coisas a apontar! Limitações que estão intimamente ligadas a adaptação de roteiro, montagem e edição. O primeiro deles é quanto a sobrecarga de fatos presente na parte dois. Muita coisa podia ser mostrada na parte 1, o que diminuiria, por exemplo, as longas cenas que Harry, Hermione e Ronny compartilham em florestas se refugiando em busca das Horcrux. O que daria tempo e espaço para algumas situações que ficaram somente claras para aqueles que leram o livro.

Um dos principais efeitos disso foi na morte de Belatrix. A cena foi “Imposta” sem contextualização, com a mãe de Ronny, Molly Weasley dizendo “minha filha não, sua vaca” e duelando com a Comensal. Anterior a esta cena, Belatrix mata sua sobrinha, Ninfadora Tonks, e em seguida direcionar a varinha para a filha de Molly, Gina.  Para quem não leu o livro não entende fácil, dependendo do apoio dos Amigos leitores, como eu.
Belatrix em duelo final com Molly.

Molly atacando Belatrix.
Outro momento é o retrospecto da vida de Severu Snape, quando Harry tem acesso a suas lembranças. Os recortes feitos comprometeram a compreensão de algumas situações ao longo de sua trajetória, como por exemplo, teve gente que entendeu que o Harry poderia ser filho de Snape, ou que ele viveu um amor platônico por Liliam Potter, não sendo amado por ela. O que nas duas hipóteses não é verdade.

Além disso, as cenas quando Voldemort falava na mente de todos causando dor e sofrimento passava do ponto, quando não, mostravam takes diferentes emendados de forma pouco cuidadosa. Teve uma em que Wesley estava em pé normal, e de repente estava abaixado, fazendo cara feia, e já fazia um tempão que o Voldemort estava falando. 

E por fim
Quero registrar a maestria com que os takes amplos e closes foram usados neste filme. A trilha sonora está incrível e as atuações do núcleo maduro do filme também! Indicações a melhor ator coadjuvante para Alan Rickman, pelo brilhante Severu Snape e Ralph Fiennes pelo inesquecível Lord Valdemort seria justo, seja no Globo de Ouro, Oscar, Sindicato dos Atores dos EUA e afins.

E o que seria da saga no cinema se essa história não fosse entregue nas mãos de David Yates? O que mais mudou nesses oito filmes foi a direção. E para mim, David sem dúvida foi o que mais valorizou a saga, a partir de “A Ordem da Fênix”!

Tata, Helen e eu.
Confesso que somente agora lerei os livros. Todos. E compraremos a série em DVD (Namorido e eu). É uma história para várias gerações.

Além disso tudo, quero agradecer a companhia mais que especial da Talita e da Helen Almeida, realizando assim o primeiro encontro entre uma representante dos Friends (Eu) e duas do G4. Foi especial.

Agora só a espera de O Hobbit! Que venha 2013!!
 
Por Luciana Kellen
Fotos: Divulgação do filme, Elielson Fernandes e Luciana Kellen

Comentários

Igor Almeida disse…
Devo dizer que sua resenha sobre o filme tambem compartilha minha impressao final.

David Yates deu o tom a historia que o Chris Columbus nao ousou cogitar. Ao inves, os dois primeiros acabaram por afugentar muitos adultos que passaram a ter dificuldade em levar a serio os filmes seguintes.

O interessante com a saga de filmes do Harry Potter eh que a cada nova producao ficava mais nitida o quao competente J.K.Rowling foi como escritora (ninguem fica bilionario a toa).

Acho que a qualidade dos livros acabou por levar os filmes as costas durante as mudancas na direcao. Ate que os livros certos encontraram o diretor certo. Mas ai ja era tarde para uma parte do publico. Harry Potter ficou com a marca de "filme infantil" (o tom dado por Chris Columbus no inicio da saga).

Dou credito a saga pela melhoria continua. Apesar de O Prisioneiro de Azkaban (de Alfonso Cuarón) ser o filme menos popular da serie, ele pode ser visto como um primeiro passo na mudanca do tom da serie. Esse tom foi afinado por Mike Newell e refinado por David Yates num processo constante que culminou num final digno a serie.

Saliento porem que o final ficou um pouco abaixo do potencial que tinha. Um final digno, mas nao perfeito. Talvez esse tenha sido o motto dos filmes de Harry Potter, um grande potencial que foi incrivelmente dificil de explorar.
Danzou disse…
Kd o teu marido nessa parada? #excluído!
Sueyla Tavares disse…
Gostei das tuas considerações sobre o filme. O meu esquema em relação a história do bruxinho mais famoso foi o seguinte: li primeiro os livros pra depois assistir os filmes (agora q vou pro 5º). Os livros são encantadores. Bjs

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