O propósito das coisas

Eis que estou no twitter e nosso querido jornalista Fábio Novoa compartilha conosco uma matéria que fala de um matemático russo que recusa a quantia de 1 milhão de dólares, além do premio Fields Medal  considerado o Nobel da matemática mundial.

O nome do dito cujo é Grigory Perelman, um cientista matemático que simplesmente descobriu a resolução da conjectura de Poincaré.

Eu não faço a menor ideia do que seja isso, e muito menos a sua real importancia para a ciência. Porem, a mente mais ignorante do mundo no assunto acredita que, se querem premiar "o cidadão" com tanta grana e status, então deve ser algo revolucionário e único, não é?

Segundo a matéria, Perelman recusou o premio porque "o matemático afirmou que a medalha era irrelevante para ele e o fato de a solução estar correta já seria reconhecimento suficiente.", e o mesmo argumento foi usado para a Universidade que quer dar o dinheiro à ele.

O meu primeiro pensamento, como reles mortal e tendo um monte de dívida para pagar, é que o cara é doido e não sabe dar o justo valor ao seu trabalho! Deve sofre de alguma perturbação psicológica, já que classificamos as pessoas como loucas quando "come merda" ou "rasga dinheiro".

Eu prefiro acreditar que pessoas assim, com inteligencia super desenvolvida e zero de interesse material, são seres que vem a vida muito além das satisfações e prazeres que o consumo pode proporcionar. E isso me fez pensar sobre qual o proposito que buscamos em nossas vidas? Temos algum?

Confesso a vocês que descobri o meu ha apenas sete anos, e me custou muito mais suor do rosto do que muitos por ai, e a minha certeza é a de que estudo sim não somente para conseguir um trabalho melhor remunerado (lembrando que sou jornalista, e não procurador do Estado), mas também porque acredito ser fundamental buscar entender o mundo sem adjetivos ou préconceitos. Vejo o ganho do dinheiro como uma das consequencias do trabalho e da dedicação, o problema é que sua quantia geralmente é determinada por "forças exteriores".

E acredito que o grau dessa necessidade é que define muitas caracteristicas morais de um indivíduo. A satisfação material pode perfeitamente coexistir com a satisfação intelectual, mas sempre é bom colocar a prova os nossos objetivos! Sabermos exatamente o por que de cada escolha que fizemos. Afinal, somos responsáveis por nossas vidas e acredito sim que  indiferente ao que cada um pensa sobre o pós-morte, é super frustante olhar para tras e não se sentir dono de suas escolhas.