A minha estreia na produçao de noticia da Agencia

Fiquei tão feliz quando me deram essa primeira missão externa da Agencia!!!

Fui a Oficina de Medidas Socio Educativas de Ananindeua no primeiro e no último dia. O primeiro, claro, morrendo de medo!! Mas excitada pela possibilidade de sair a campo.

A pauta parecia meu salva-vidas no meio de uma tempestade, correndo o risco de, a qualquer momento, desaparecer de minhas mãos.

baixo, a materia do primeiro dia de visita ao evento, publicada no Site da Agencia unama no dia 05 de março de 2008:

Assunto: Municípios constroem planos para a aplicação de medidas socioeducativas

A elaboração de um plano de ações para medidas socioeducativas e o monitoramento desse processo são os principais objetivos do I Workshop de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto do Estado do Pará, que teve início nesta quarta-feira (05/03). O evento é organizado pelo Fórum dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA), e será realizado até a sexta-feira (07/03), no Seminário São Pio X, em Ananindeua(PA).

A promoção do evento é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), Fundação da Criança e do Adolescente do Pará (FUNCAP), Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA) e Rede Vitória Régia. O encontro também tem o apoio da Fundação das Nações Unidas (UNICEF) e da Fundação Instituto para o Desenvolvimento da Amazônia (FIDESA).

Participam do Workshop técnicos das secretarias de assistência social, dos conselhos municipais de direito e dos conselhos tutelares de 32 municípios do nordeste paraense. Também fazem parte do evento representantes do Sistema de Atendimento Socioeducativo (SINASE).

A meta do Workshop é sensibilizar e capacitar estes profissionais para a implementação de ações que ajudem na descentralização política administrativa das medidas, fomentando a participação de todos os níveis do Sistema de Garantia de Direitos nas atividades. O evento objetiva ainda constituir relações entre os órgãos governamentais do estado, buscando mais resultados nos atendimentos aos adolescentes.

A coordenadora do projeto "Vitória Régia", Lúcia Garcia, diz que na maioria dos casos o não cumprimento das medidas socioeducativas está na falta do trabalho em conjunto das secretarias, assim como no desconhecimento dos processos. "O exercício incorreto das diretrizes faz com que a sensação de impunidade prevaleça, impedindo que o adolescente venha adquirir consciência da responsabilidade de seus atos", explica a coordenadora.

A secretária do Estado de Justiça dos Direitos Humanos, Socorro Gomes, se comprometeu em levar as idéias discutidas no workshop ao Governo do Estado, mas ressaltou que as mudanças não são feitas "da noite para o dia". A representante do Ministério Público, Socorro Mendo, afirmou que o órgão já implementou medidas socioeducativas em mais de 50 municípios do estado. "O trabalho articulado é fundamental. Através do coletivo é possível conseguir melhores resultados", comentou a promotora.

Maria de Nazaré Sá, coordenadora do Fórum DCA, destacou que as más condições do interior do Estado no exercício das medidas. Ela apontou, ainda, a importância da liberdade assistida e da prestação de serviço à comunidade como facilitadores para a redução das internações, dando oportunidades reais de ressocialização dos adolescentes.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) trata sobre as medidas socioeducativas na seção I de seu quarto capítulo. No Artigo 112 elas são definidas. As medidas em meio aberto são: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade e, liberdade assistida.